Fidelidade de Pimentel

30/09/2011 12:11

Fidelidade, paciência e o imponderável

Fonte:  O POVO Online/Colunas/menupolitico

 

 

O exercício da paciência e a fidelidade aos compromissos firmados deveriam ser entendidos como norma a ser seguida por quem quisesse ter sucesso na carreira política. Paciência no sentido de se aguardar o momento certo para avançar, e o de saber a hora de recuar. Fidelidade, por serem os acordos inerentes a própria atividade, na qual a busca pelo consenso deveria nortear as ações.


É a partir da quebra de compromissos e dos arroubos extemporâneos que muitas vezes se dão as traições e a decadência de políticos que poderiam vir a ser brilhantes. No Ceará podemos incluir na lista dos que exercem a paciência e a fidelidade o senador José Pimentel.

Através da adoção dessa fórmula, tem ano após ano galgado postos de destaque no cenário nacional.


A fidelidade ao presidente Lula o deixou em situações complicadas em determinados momentos, quando no início do primeiro governo petista relatou na Câmara o projeto de reforma previdenciária. Na época, em vista do desgaste, houve quem prognosticasse que não mais se reelegeria a cargo algum.


Depois disso, Pimentel não só assumiu tarefas mais espinhosas, como teve o apoio decisivo do ex-presidente para derrotar Tasso Jereissati. Se poderia dizer agora, então, que por conta da fidelidade a Dilma, fato já expressado publicamente, o senador estaria fora do páreo para concorrer à prefeitura de Fortaleza em 2012? Aparentemente sim.


Mas se a paciência e a fidelidade são variáveis administráveis na construção de trajetórias políticas, há um componente nesse processo, que são as circunstâncias imponderáveis. E é nesse aspecto que reside a possibilidade do senador vir a ser o candidato. Na semana passada a imprensa nacional divulgou que o PMDB, por meio do vice-presidente Michel Temer, teria acertado com a presidente Dilma, para 2012, o rodízio na função de líder do governo no Congresso, com a missão voltando a caber ao PMDB.


Como compensação, Pimentel, que hoje ocupa a vaga, poderia vir a ser candidato à prefeitura de Fortaleza com o apoio da presidente e do próprio PMDB. Claro que é cedo para esse tipo de especulação, pois o senador está há menos de um mês exercendo a função. e não pode nem mostrar trabalho. Além disso, Pimentel nega o acordo com o PMDB. Mas alguém duvida que ele não seria capaz de ceder em nome da fidelidade ao projeto Dilma? Marcada pela paciência e a fidelidade, a trajetória política de Pimentel também é marcada pela sorte. E muitas vezes, sorte, em política, é saber quando o cavalo passa selado à sua frente.

 

Situação (des) confortável

 

No domingo passado abordei neste espaço, na nota “Situação desconfortável”, a relação do deputado federal Artur Bruno (PT) com a categoria dos professores. No texto relatei vaia recebida pelo parlamentar durante assembleia dos docentes, fato depois reverberado nas redes sociais. A nota foi alvo de vários comentários, questionando o posicionamento de Bruno nas duas recentes greves do município e do estado.
 

Em contato com a coluna, o deputado afirmou que: “na verdade não me sinto desconfortável em relação à minha categoria. Tanto que, sempre que a agenda da Câmara dos Deputados me permitiu, estive presente nas assembleias realizadas pelos professores para declarar apoio às reivindicações por eles apresentadas, e tentando intermediar um acordo com o Governo do Estado”.


Ressalta ainda que encara as vaias como naturais do processo democrático, dizendo: “é preciso destacar que, no mesmo dia em que elas ocorreram, dezenas de colegas professores vieram se solidarizar comigo e reconhecer minha trajetória em defesa da educação e dos profissionais da carreira do magistério”.


Artur Bruno destaca também que, através de sua intermediação, foi possível a última reunião realizada entre professores e o governador Cid Gomes, no último dia 25 de agosto, “na qual foram negociados importantes avanços, prejudicados com o anúncio da ilegalidade da greve”.

 

Luiz Henrique Campos
 

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