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28/09/2011 16:28
Tentativa de questionar criação do PSD perde força no DEM, confirmam líderes do partido
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
No dia seguinte à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de aceitar o pedido de registro nacional do PSD (Partido Social Democrático), lideranças do DEM –legenda que mais sofreu com a criação do partido– mostram que, pelo menos na Justiça, não pretendem mais questionar a criação da sigla encabeçada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-Democratas.
Segundo o líder do DEM na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA), ainda não há uma definição de todo o partido sobre o assunto, mas a “tendência é a de desistir” de recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
“Conversei com o presidente [nacional do DEM, senador] Agripino [Maia] de manhã. Acho o TSE a instância adequada para discutir o assunto. O tribunal decidiu e não existe espaço para uma reversão –esta é a minha opinião e a tendência do que se está discutindo. O partido ainda vai decidir isso até amanhã na [reunião da] Executiva”, afirmou o deputado.
Já o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO) foi mais enfático. “É assunto totalmente encerrado, página virada”, argumentou o senador.
A formalização do PSD representou uma diminuição de espaço físico e de poder no Congresso Nacional. A bancada do DEM, que elegeu 43 deputados, ficará com 27 depois da saída de parlamentares para a nova legenda. E, no Senado, dos atuais cinco senadores, o DEM perde uma –Kátia Abreu (TO), que deverá ser a líder da nova sigla na Casa.
Na avaliação de ACM Neto, o partido já não contava na Câmara com aqueles que deixarão a legenda até 7 de outubro. “Agora é irrelevante [a oficialização da saída de deputados], o partido já tinha se ajustado para trabalhar sem os deputados, então no momento não haverá efeitos práticos. Foram embora aqueles que queriam ser governo. O partido tem forte apoio à democracia e quer fazer honrar aos que votaram [em nós] para sermos oposição”, finalizou.